Doença mão-pé-boca: saiba o que é, sintomas e tratamento
O nome da doença se deve ao fato de que as lesões aparecem mais comumente em mãos, pés e boca.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES), por meio da Coordenadoria Estadual de Vigilância Epidemiológica, alerta aos pais sobre a ocorrência de surto da ‘Síndrome Mão-Pé-Boca‘ em crianças menores de cinco anos. O alerta começou depois de casos em Mato Grosso do Sul.
O que é a doença mão-pé-boca?
A doença mão-pé-boca é uma enfermidade contagiosa causada pelo vírus Coxsackie da família dos enterovírus que habitam normalmente o sistema digestivo e também podem provocar estomatites (espécie de afta que afeta a mucosa da boca).
Embora possa acometer também os adultos, ela é mais comum na infância, antes dos cinco anos de idade. O nome da doença se deve ao fato de que as lesões aparecem mais comumente em mãos, pés e boca.
Sintomas e sinais da doença
Os principais sintomas da doença são:
- Febre alta nos dias que antecedem o surgimento das lesões;
- Aparecimento, na boca, amídalas e faringe, de manchas vermelhas com vesículas branco-acinzentadas no centro que podem evoluir para ulcerações muito dolorosas;
- Erupção de pequenas bolhas em geral nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, mas que pode ocorrer também nas nádegas e na região genital;
- Mal-estar, falta de apetite, vômitos e diarreia;
- Dificuldade para engolir e muita salivação.
Como ocorre a transmissão da doença mão-pé-boca?
A transmissão se dá pela via fecal e oral, através do contato direto entre as pessoas ou com as fezes, saliva e outras secreções, ou então através de alimentos e de objetos contaminados. Mesmo depois de recuperada, a pessoa pode transmitir o vírus pelas fezes durante aproximadamente quatro semanas. O período de incubação oscila entre um e sete dias. Na maioria dos casos, os sintomas são leves e podem ser confundidos com os do resfriado comum.
Tratamento
Ainda não existe vacina contra a doença mão-pé-boca. Em geral, como ocorre com outras infecções por vírus, ela regride espontaneamente depois de alguns dias. Por isso, na maior parte dos casos, tratam-se apenas os sintomas. Medicamentos antivirais ficam reservados para os casos mais graves.
O ideal é que o paciente permaneça em repouso, tome bastante líquido e alimente-se bem, apesar da dor de garganta.
Recomendações contra a doença mão-pé-boca
Algumas recomendações são essenciais para o combate a doença:
A criança ao ser diagnosticada com a Síndrome ‘mão-pé-boca’ deve permanecer em repouso em casa e tomar bastante líquido, além de alimentar-se bem.
Outra recomendação é para quem for manipular a criança, lavar as mãos após a troca de fraldas e o uso de lenços, e fazer o descarte em lixo fechado. Se a criança for maior, lavar as mãos dela com água e sabão também. Fazer o uso de etiqueta respiratória ao tossir ou espirrar – cobrir a boca com um lenço ou o antebraço. Evitar beijar a criança.
Tanto em casa quanto no ambiente escolar, a recomendação é higienizar a superfície, objetos, principalmente, os brinquedos ou maçanetas que possam ter contato direto com a saliva e secreções e até fezes. O ideal é que use um pouco de água sanitária diluída em água para fazer a desinfeção do ambiente. Recomenda-se também a não compartilhar mamadeiras, talheres, copos ou lençóis.
Resumindo:
- Alimentos pastosos, como purês e mingaus, assim como gelatina e sorvete, são mais fáceis de engolir;
- Bebidas geladas, como sucos naturais, chás e água são indispensáveis para manter a boa hidratação do organismo, uma vez que podem ser ingeridos em pequenos goles;
- Lavar as mãos antes e depois de lidar com a criança doente, ou levá-la ao banheiro. Se ela puder fazer isso sozinha, insista para que adquira e mantenha esse hábito de higiene mesmo depois de curada;
- Evitar, na medida do possível, o contato muito próximo com o paciente (como abraçar e beijar);
- Cobrir a boca e o nariz ao espirrar ou tossir;
- Manter um nível adequado de higienização da casa, das creches e das escolas;
- Não compartilhar mamadeiras, talheres ou copo;
- Afastar as pessoas doentes da escola ou do trabalho até o desaparecimento dos sintomas (geralmente 5 a 7 dias após início dos sintomas);
- Lavar superfícies, objetos e brinquedos que possam entrar em contato com secreções e fezes dos indivíduos doentes com água e sabão e, após, desinfetar com solução de água sanitária diluída em água pura (1 colher de sopa de água sanitária diluída em 4 copos de água limpa);
- Descartar adequadamente as fraldas e os lenços de limpeza em latas de lixo fechadas.
Conclusões
Somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios.
Não se esqueça de sempre pedir socorro médico e se orientar sobre os procedimentos. Conte com os serviços de Ambulâncias e Emergências Médicas 24 horas da Express Remoções.
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